sábado, 31 de maio de 2008

Lázaro Ramos, José Wilker e Samantha Schmütz estão entre as personalidades que recebem o Título de Embaixador do Rio, terça-feira,no Teatro da UniverCidade. Foram escolhidos pelo amor que devotam ao Rio por um júri presidido por Rubem Medina e integrado por Bayard Boiteux, Mauricio Werner e Claudia Levinsohn.

quinta-feira, 22 de maio de 2008


 

 
 Editorial 

O projeto Catálogo Brasileiro de Teatro, que traz para Salvador uma gama de espetáculos nacionais, apresenta sua quarta atração, a peça Curtas, escrita e protagonizada por Samantha Schmutz. Conhecida do público como Juninho Play, um dos quadros do programa de humo r Zorra Total exibido pela TV Globo, Samantha apresenta uma comédia sobre o ridículo do ser humano.

A atriz vive no palco sete personagens, como a socialite Leonina Borges que, apesar do rosto deformado por plásticas e do vazio de sua vida em ser esposa de um milionário do petróleo, desfila como uma lady sua egotrip diante da platéia.

Em outra situação, ela encarna o playboy Juninho Play que, em seu discurso machista e absurdo, explica suas táticas de conquista e conta suas aventuras na procura da próxima "gatinha".

Outra personagem é Conchita Serena, sexóloga famosíssima que dá sua palestra desfiando conselhos absurdos para uma satisfação sexual plena. Tem também a jovem aspirante a cantora Vãnessa, realizando no palco seu teste para se tornar a cover oficial da Britney Spears.

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Mais uma história hilariante.

Vale a pena assitir!!!



Juliana Rezende
Globo.com
Samanta Schmütz posa para o EGO no palco do Teatro dos Grandes Atores, onde está em cartaz com a peça 'Curtas'. Na outra foto, ela caracterizada de Juninho Play, seu personagem em 'Zorra Total' 

Ela não esconde a altura, 1,52m, e não se importa nem um pouco em ser chamada de baixinha. Pode ser clichê, mas é verdade: o que falta na altura sobra no talento de Samantha Schmütz. Ela é um dos destaques de " Zorra Total " na pele do marrento Juninho Play, o maior "pegador" do humorístico. Em uma entrevista exclusiva para oEGO, a carioca de 29 anos revela que já foi confundida com homem. "Isso é ótimo. Convenci mesmo". E entrega, aos risos: "Muitas mulheres chegam para mim e dizem que ficariam com o Juninho, e eu brinco dizendo fica com ele porque isso não é comigo".

 

Em cartaz no Teatro dos Grandes Atores, na Barra da Tijuca, no Rio, a atriz dá vida a mais seis personagens em "Curtas". Samantha consegue roubar toda a atenção, gargalhadas e aplausos do público durante a apresentação. Ela conduz a platéia com maestria ao universo da sexóloga boliviana Conchita, ou de Fátima, uma cantora de bar fracassada. Nesta última esquete da peça, imita com perfeição a cantora Maria Rita, até no gestual - um pouco caricato, é claro.


O sucesso de Samantha não veio por acaso. Ela participou durante um ano e meio da peça "Surto", em 2004. Lúcio Mauro Filho apostou no talento da atriz e a levou para participar do quadro "Pistolão", do " Domingão do Faustão ". Depois de montar "Curtas", veio o convite para o "Zorra".


Para quem ainda não viu "Curtas" é melhor correr. Esse é o último final de semana do espetáculo, que nos dias 1º e 2 vai para o Canecão, também no Rio.

A receita do sucesso? "Fico procurando fazer piada o dia inteiro", entrega Samantha. E é verdade. Durante a sessão de fotos, ela não se conteve e disparou: "Não estou muito caminhoneira, não? Preciso fazer um curso com a Gisele (Bündchen, top model)".

Confira a entrevista.

Você se acha uma pessoa divertida? A sua veia cômica vem desde a infância?
Me considero sim. Fico procurando fazer piada o dia inteiro. Meu pai (Guilherme) era assim. Levo tudo na palhaçada. O meu pai e meu avô (Jurandir) eram comediantes. Se eles quisessem ter seguido a profissão... quando era criança eu imitava a Tina Tuner.

As pessoas cobram uma postura engraçada sua o tempo todo?
Não sinto essa cobrança. Às vezes, pedem para eu fazer o Juninho Play na rua. Quando é criança ou senhora eu não consigo negar, ou quando vem uma pessoa muito feliz me pedindo para fazer. Mas tem aquela história, estou em uma loja, calçando o sapato, agachada... aí não dá para fazer. Tem alguns homens que já chegam imitando os gestos do Juninho, coçando a genitália, e eu logo falo: 'Que coisa feia meninos fazerem isso na frente das meninas!'. (risos)

E antes de ir para o "Zorra Total", já acharam que você era homem mesmo?

Juliana Rezende
Samantha caracterizada como Vãnessa e Leonina Borges

Quando estava em cartaz no Teatro dos Quatro participando do "Surto", um ator foi perguntado de qual personagem ele tinha gostado mais e ele falou: 'Gostei do ator que fez o surfista playboy'. Isso é ótimo. Porque mostra que eu convenci mesmo. Muitas mulheres chegam para mim e dizem que ficariam com ele, brinco: 'Fica com ele porque isso não é comigo' (risos).

O humor é uma válvula de escape?
O teatro é uma válvula de escape. No palco esqueço tudo, ele cura algumas coisas. Quando estreei "Curtas", em agosto do ano passado, meu pai tinha acabado de falecer. Mas fiz a peça mesmo assim. No palco, sinto que tenho domínio da situação.

Qual foi o primeiro personagem que você criou?
Profissionalmente, desde que aprendi a construir uma personagem, foi uma mãe-de santo, que é uma interna de uma colônia psiquiátrica. Foi a personagem que usei no meu trabalho final na CAL (Casa das Artes de Laranjeiras), na peça "Bispo do Rosário", de Moacyr Góes, em 99. Não usei ainda na peça, mas não está esquecida.

E o Juninho Play foi inspirado em quem?
Nos garotos reais que conheci na adolescência. Eles se acham sempre o máximo – e acho isso um saco. Eles são engraçados, machistas, e quando a mulher não quer ficar com eles, xingam... Na verdade, isso é um pouco triste. Já fui muito para a noitada, então já vi muito Juninho de perto. Hoje em dia não ficaria com um Juninho.

Suas inspirações vêm das situações bizarras do dia-a-dia?

Muita gente diz que meus personagens são um pouco caricato. Mas se você andar em Copacabana (bairro do Rio de Janeiro) vai ver que o Juninho existe. A perua Leonina também existe. Na rua também tem muita coisa caricata, e eu observo muito.

Fale um pouco de alguns personagens de "Curtas", Vãnessa, Fátima...

A Vãnessa é uma paulista cover da Britney Spears. A Leonina Borges é uma perua deformada de tanta plástica, que tem como profissão ser esposa. A Fátima é uma cantora de churrascaria fracassada. A Marina é uma criança espevitada e pervertida, e faço uma paródia da Daiane dos Santos, a Brilhante dos Santos.

Você se identifica com algum deles?
Com a Fátima porque já cantei em bar também, mas ela ficou no bar e eu consegui ir para o Canecão (risos). E a Vãnessa porque temos o sonho de ser artista, essa coisa de passar em testes - a cena é um teste – e ela é uma caricatura disso tudo.

E como foi o convite para o "Zorra Total"? Você ficou conhecida nacionalmente depois de entrar para o elenco do programa e, apesar do sucesso, muitas pessoas acham a fórmula ultrapassada. Para você existe essa diferença de humor novo, velho, ou humor é sempre humor?
O diretor do programa, Maurício Shermann assistiu à peça no Teatro dos Quatro, e me chamou. O "Zorra" faz parte do humor antigo: usa o mesmo formato há muito tempo e consegue se modernizar. O Shermann trouxe novos atores, eu, o Rodrigo (Fagundes, do "Surto"). Ele estava na padaria, me apresentei para ele, e o convidei para assistir "Surto". Ele viu e chamou o Rodrigo para fazer o Patrick no programa. O programa tenta sempre mudar. Mas a vida não é uma repetição? Venho aqui toda quinta, sexta e sábado encontrar com o público. Mas são nos detalhes que fazemos as mudanças. Não me incomodam essas críticas.

Quem são seus ídolos no humor?
Débora Bloch, Diogo Vilela, Regina Casé... essa turma da "TV Pirata", dos anos 80.

Fora dos palcos, você ainda lidera a banda cover dos Beatles, "Mulheres Cantam Beatles"? Quando você começou a cantar?
É uma profissão também. Estamos começando a remarcar os ensaios para uma vez na semana. É um projeto que a gente está profissionalizando cada vez mais. Porém, quero fazer uma coisa mais minha, com banda. Adoro cantar blues, MPB, samba. Comecei a cantar na CAL. Todo mundo dizia que eu cantava bem e me encaixavam em alguma peça – mesmo quando não tinha nada a ver. Fiz aulas de canto com o Hilton Prado, pai da Giovanna Antonelli, e com a Regina Locatto, da banda Garganta Profunda.